O câncer de testículo é um dos tumores mais frequentes entre homens jovens, especialmente na faixa etária de 15 a 35 anos. Apesar de raro quando comparado a outros tipos de câncer, ele é altamente curável quando identificado precocemente.
Durante o mês de abril, o LAPAC – Laboratório de Anatomia Patológica e Citopatologia de Dourados se une à campanha de conscientização sobre o câncer de testículo, reforçando a importância da atenção aos sinais, do diagnóstico preciso e do papel essencial do patologista na jornada do cuidado.
O que é o câncer de testículo?
Esse tipo de câncer se desenvolve nas células testiculares e, na maioria das vezes, tem origem nas células germinativas, responsáveis pela produção dos espermatozoides. Existem dois principais grupos:
- Tumores germinativos, subdivididos em:
- Seminomas
- Não-seminomas (carcinoma embrionário, teratoma, tumor do saco vitelino e coriocarcinoma)
- Tumores não germinativos, menos frequentes
Apesar de alguns tipos serem agressivos, o prognóstico costuma ser excelente, com altas taxas de cura quando o tratamento é iniciado nas fases iniciais.
Sintomas e Sinais de Alerta
O autoexame testicular é uma das formas mais simples e eficazes de detectar alterações precoces. Os principais sinais incluem:
- Aumento de volume ou nódulo endurecido no testículo
- Sensação de peso ou desconforto na bolsa escrotal
- Dor abdominal ou lombar (em fases mais avançadas)
- Ginecomastia (aumento das mamas), em alguns casos
Homens que notarem qualquer alteração devem procurar um urologista.
Como é feito o diagnóstico?
O processo diagnóstico envolve:
- Avaliação clínica e exame físico
- Ultrassonografia escrotal, que identifica nódulos suspeitos
- Exames laboratoriais de marcadores tumorais:
- Alfa-fetoproteína (AFP)
- Beta-HCG
- LDH (lactato desidrogenase)
Entretanto, o diagnóstico definitivo só é confirmado por meio do exame anatomopatológico da peça cirúrgica, geralmente após a orquiectomia (retirada do testículo afetado).
Análise Intraoperatória: Apoio do Patologista Durante a Cirurgia
Em alguns casos, o cirurgião urologista pode solicitar o exame intraoperatório de congelação, especialmente quando há dúvida diagnóstica durante o procedimento.
Esse exame consiste em:
- Coleta imediata de uma amostra do testículo durante a cirurgia
- Processamento rápido do tecido em criostato
- Análise microscópica pelo médico patologista em tempo real, com emissão de um laudo provisório em poucos minutos
Essa avaliação auxilia o cirurgião a decidir pela retirada ou preservação do testículo, especialmente em situações de tumores benignos ou lesões não invasivas.
No LAPAC, realizamos esse exame com agilidade e comunicação direta com o centro cirúrgico, oferecendo suporte decisivo ao médico assistente.
A presença do patologista nesse momento:
- Evita intervenções desnecessárias
- Traz maior segurança à conduta cirúrgica
- Garante um cuidado personalizado ao paciente
Tratamento e Prognóstico
O tratamento depende do tipo histológico, da extensão da doença e das condições clínicas do paciente. As opções incluem:
- Orquiectomia (cirurgia de retirada do testículo)
- Quimioterapia adjuvante, especialmente em tumores não-seminomatosos ou com risco de metástases
- Radioterapia, indicada em alguns casos de seminomas
- Vigilância ativa e acompanhamento com exames periódicos, quando apropriado
Com os avanços na medicina, as taxas de cura superam 95% nos casos localizados, reforçando a importância do diagnóstico precoce.
O Papel do Patologista no Câncer de Testículo
O patologista é o médico responsável por realizar o diagnóstico definitivo do câncer testicular. A partir do exame microscópico da amostra coletada, ele identifica:
- Se o tumor é benigno ou maligno
- Qual o tipo histológico
- Se há invasão vascular ou linfática
- Se há necessidade de tratamento complementar
Essas informações são fundamentais para o planejamento terapêutico individualizado e para o bom prognóstico do paciente.
No LAPAC, o serviço de anatomia patológica é realizado com rigor técnico, experiência médica e compromisso com a precisão diagnóstica, trabalhando em parceria com os urologistas e oncologistas da região.
Prevenção e Autocuidado
Embora não exista uma forma específica de prevenir o câncer de testículo, o autoconhecimento corporal e o autoexame regular são aliados poderosos. Homens devem ser orientados a procurar assistência médica sempre que identificarem algo diferente em seus corpos.
A conscientização e o combate ao preconceito em relação à saúde masculina também são partes importantes dessa campanha.
Referências Científicas
- Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Campanha de Prevenção ao Câncer de Testículo
- National Cancer Institute. Testicular Cancer Treatment (PDQ®)
- NCCN Guidelines – Testicular Cancer, version 1.2024
- WHO Classification of Tumours – Urinary and Male Genital Tumours, 5ª edição (2022)
Conclusão
Informação, cuidado e diagnóstico precoce salvam vidas.
O câncer de testículo tem cura – e o primeiro passo é não ignorar os sinais do corpo.
O LAPAC – Laboratório de Anatomia Patológica e Citopatologia de Dourados, com 50 anos de experiência, está ao lado dos profissionais de saúde e dos pacientes, oferecendo diagnósticos de confiança, tecnologia e acolhimento em todas as etapas da investigação oncológica.
Para dúvidas, exames ou parcerias clínicas, entre em contato com nossa equipe.