O rastreamento do câncer do colo do útero evoluiu! Entenda por que a associação do teste molecular para HPV à citologia é essencial para um diagnóstico mais preciso e precoce.
O HPV e o câncer do colo do útero: qual a relação?
O papilomavírus humano (HPV) é responsável por 99,7% dos casos de câncer do colo do útero.
Os tipos de alto risco, como HPV 16 e 18, causam cerca de 70% das neoplasias cervicais invasivas.
Embora a maioria das infecções pelo HPV seja transitória, a persistência viral está diretamente associada ao risco de progressão para lesões de alto grau e câncer.
Papanicolaou: essencial, mas com limitações
O exame citológico (Papanicolaou) é fundamental para a detecção de alterações celulares no colo do útero, mas sua sensibilidade varia entre 50% e 80%, podendo levar a falsos negativos.
Lesões iniciais podem passar despercebidas, especialmente em coletas inadequadas ou em casos de infecções concomitantes.
Por isso, novos métodos complementares são necessários para um rastreamento mais eficaz.
Teste Molecular para HPV: sensibilidade superior
O teste molecular de HPV, realizado por PCR, detecta e genotipa os vírus oncogênicos com sensibilidade superior a 90% na identificação de lesões de alto grau (HSIL).
Estudos demonstram que a testagem primária para HPV pode reduzir a incidência do câncer do colo do útero em até 60%.
Mas a presença do vírus por si só não indica lesão. É aí que entra a importância da correlação com a citologia.
A estratégia combinada: HPV + Citologia
A associação do teste molecular de HPV à citologia melhora significativamente a detecção de lesões precursoras do câncer e reduz o risco de falso-negativos.
A sensibilidade da estratégia combinada pode chegar a 95% para detecção de HSIL, aumentando a segurança no manejo das pacientes.
Isso significa menos atrasos no diagnóstico e maior precisão na conduta clínica.
Disbiose vaginal: um fator de risco adicional
O equilíbrio da microbiota vaginal desempenha um papel essencial na eliminação do HPV.
Estudos indicam que a disbiose vaginal — caracterizada pela redução de Lactobacillus e aumento de bactérias oportunistas — está associada à persistência do HPV e ao risco aumentado de progressão para lesões cervicais.
Cuidar da saúde vaginal é mais um passo essencial na prevenção do câncer do colo do útero.
Qual a recomendação atual?
Diretrizes internacionais, como as da ASCCP e da OMS, recomendam o uso do teste molecular para HPV como método primário de rastreamento, especialmente em mulheres acima de 30 anos.
O exame citológico continua sendo essencial para a estratificação do risco e tomada de decisões clínicas.
A combinação dos dois exames reduz tratamentos desnecessários e melhora a detecção precoce.
A prevenção está ao seu alcance!
A ciência evoluiu, e agora podemos oferecer um rastreamento mais eficiente e seguro.
Mantenha seus exames em dia! Converse com seu médico e faça o rastreamento do câncer do colo do útero com a melhor estratégia disponível.
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