A imunofluorescência direta das biópsias renais é essencial para complementar o diagnóstico histológico das glomerulopatias. Utiliza um método imunoistoquímico fluorescente para detectar depósitos de imunoglobulinas (IgA, IgG, IgM), cadeias leves (kappa e lambda), frações do complemento (C1q e C3c), fibrinogênio e albumina no tecido renal. Essas análises ajudam a identificar glomerulopatias causadas por distúrbios imunológicos e deposição de imunocomplexos.

Indicações:

• Diagnóstico diferencial entre nefrite lúpica e outras glomerulonefrites (como glomerulopatia por IgA, membranosa, glomerulosclerose segmentar e focal, e lesões mínimas).
• Diagnóstico diferencial da síndrome nefrótica (glomeluropatia membranosa, glomerulosclerose segmentar e focal, e lesões mínimas).
• Diagnóstico diferencial de glomerulopatias rapidamente progressivas (crescentes imunes ou paucimunes).
• Diagnóstico diferencial de glomerulonefrites membranoproliferativas (lúpica, crioglobulinemia, idiopáticas).
• Diagnóstico diferencial de glomeruloscleroses nodulares (nefropatia diabética ou depósitos de cadeias leves).
• Auxílio ao diagnóstico de doenças como nefropatia por cadeias leves de Fanconi, doença de depósitos densos, glomerulosclerose segmentar e focal e crioglobulinemia.

Orientações Necessárias:

• Material: Biópsias renais (percutâneas ou cirúrgicas) imersas em MEIO DE MICHEL fornecido pelo LAPAC.

• Conservação: As amostras podem ser mantidas no MEIO DE MICHEL por até 48 horas após a coleta.

• Observação: O LAPAC não aceita materiais fixados em formol ou outros fixadores.

Método:

• Procedimento: Realiza-se uma reação de imunofluorescência direta com anticorpos conjugados a fluoresceína (IgG, IgM, IgA, C1q, C3, albumina, kappa, lambda, fibrinogênio).

• Interpretação: A leitura e interpretação são realizadas por um médico patologista usando um microscópio de fluorescência.